Olha que eu já tenho uma idade bastante razoável para acompanhar, mesmo que, indiretamente, eleição de conselheiro tutelar que, nem de longe, nunca teve tanta repercussão como a última realizada no domingo, 1° de outubro.
Pretensos candidatos à prefeituras de municípios da Grande Ilha e, até, do restante das cidades maranhenses fizeram campanha maciça aos candidatos a conselheiros. Era pré-candidato mandando mensagem de WhatsApp fazendo campanha e pedindo voto. “Muito curioso tudo isso”, pensei.
Por que tais pré-candidatos teriam tanto interesse em eleição de “seus” candidatos a conselheiro? Simples! Pelo óbvio fato deste mesmos conselheiros serem usados, ano que vem, como fortes lideranças nos bairros trabalhando para os postulantes às prefeituras.
Um vereador da capital repercutiu, na manhã desta segunda-feira, 02, na Câmara Municipal, esse mesmo pensamento que eu tive. Não que tenhamos conversado, mas é que a coisa foi tão clara e escancarada que qualquer pessoa, em são consciência, pode perceber tal acontecimento.
O parlamentar criticou o envolvimento de grupos políticos no lançamento de campanhas com interesses próprios. Além da injeção de recursos, tornando o processo assimétrico para os candidatos independentes e sem recursos.
“Muito tumultuada a votação, muito tumultuada a apuração, candidatos ligados a vereadores investiram maciçamente na compra de votos em toda a cidade para, exatamente, já preparar a cama para o ano que vem. Tem deputado estadual, federal, enfim, hoje o nome da política no Maranhão se tornou laços de família”, ironizou.