Casos de Família: Ministro Juscelino Filho expõe rompimento com o tio por interesses políticos e pessoais

O maranhense e ministro das Comunicações, Juscelino Filho, repercutiu, em suas redes sociais, matéria que foi divulgada no site nacional, Folha de São Paulo, que trouxe a tona a briga familiar que já é travada há meses com o seu tio paterno e ex-deputado estadual, Stênio Rezende. O desentendimento, que cravou o rompimento exposto entre os parentes se deu por interesses políticos e pela indicação do ex-motorista da família, conhecido como Fogoió, como sucessor da irmã Luanna Rezende, prefeita da cidade de Vitorino Freire, tendo o tio ficado preterido à indicação.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, rompeu com o tio para “indicar um ex-assessor parlamentar para disputar a Prefeitura de Vitorino Freire em 2024”.

O ministro, no entanto, doído com a matéria, chega a minimizar a cidade comandada por sua irmã e familiares e questiona o “tempo” que o jornal Folha de São Paulo, de “grande envergadura” tem dando “espaço precioso de suas páginas às eleições de uma pequena cidade do Maranhão”.

Defendendo a sua própria escolha, do pai Juscelino Rezende e da irmã prefeita, Luanna, Juscelino ainda tem a cara de pau em dizer que a decisão familiar, em não apoiar o tio Stênio, rompe com qualquer oligarquia, de “privilégios de parentes”.
Ora, ora, como assim o ministro fala uma inverdade dessa? Se o pai foi prefeito da cidade por 3 mandatos, só não estando até hoje, perpetuando à frente da prefeitura, por ter sido impugnado pela Justiça e, assim, lançando a filha Luanna, que, atualmente, já está no 2° mandato, mantendo, agora, a indicação de seu ex-motorista para continuarem centralizando o poder?
O famoso tudo em casa!

O medo real da família Rezende, principalmente do patriarca, é perder o domínio sobre os recursos da cidade.
Como Fogoió foi adestrado no meio deles. Funcionário, motorista, assessor e etc.., sem tantos recursos, sem desenvoltura verbal e jogo de cintura político, sem contatos, sem saber como o jogo funciona, é muito mais fácil manuseá-lo e ele ser um prefeito de vitrine, do que lançar uma raposa criada, a exemplo do familiar, que já foi deputado estadual de 5 mandatos e que passeia livremente nos corredores da política maranhense. Para a família que está no poder, seria muito mais difícil reverter o jogo, uma vez, Stênio Rezende o tendo conquistado.

E não existe essa falácia do ministro de que o candidato ainda não fora escolhido. Tanto foi que a prefeita Luanna já anda com ele “debaixo do suvaco”, pra cima e pra baixo, lançando o difícil nome dele. Vai ser uma vitória, realmente, graças à máquina de uma prefeitura e ministério, além de peso político. Impossível não terem êxito.

Em tempo

Atualmente, Fogoió é secretário municipal de Infraestrutura e Logística

Em nota à Folha, o Ministério das Comunicações disse que “não se manifestará sobre questões afetas às eleições de 2024”.

Por meio de nota, Stênio Rezende também se pronunciou sobre a reportagem da Folha.

“Nos meus 30 anos de experiência política, nunca passei por uma situação delicada como essa. Embora tenha o respaldo de 12 dos meus 13 irmãos, recebi —com surpresa— a notícia sobre a decisão, por parte dos meus sobrinhos [prefeita Luana e o ministro Juscelino Filho], de indicar o seu funcionário Fogoió como candidato à sucessão municipal em Vitorino Freire”, afirmou.

O tio do ministro disse ainda não “compreender” a escolha, “sobretudo em razão da forma ditatorial decidida na indicação”.

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  • Mônica

    Mônica Alves

    O blog Mônica Alves é um veículo de comunicação virtual, que vai informar, sugerir e analisar assuntos políticos, bastidores e comportamentos variados do estado do Maranhão e do Brasil.

    Ao criar essa página, quero contribuir e levantar questionamentos subjetivos dos mais simples aos que ganham grandes espaços de notoriedade, além de dar espaço à boas histórias, com personagens e lugares que serão (re) descobertos por meio de relatos em viagens, festividades culturais e visitas etnográficas, mas que nem sempre têm a oportunidade do destaque merecido.