maio 10, 2023

Governo do Maranhão inaugura acessos na MA-211 e marca o fim do isolamento nos municípios do Litoral Ocidental Maranhense

Alegria do governador Carlos Brandão em realizar um sonho de décadas da região

O Governador Carlos Brandão, ao lado do secretário de Estado da Infraestrutura, Aparício Bandeira, subsecretário Ítalo Augusto, dezenas de prefeitos, Deputados Estaduais e demais representantes de governo, inaugurou e entregou à população dos municípios que compõem a Floresta dos Guarás, a implantação asfáltica da MA-211, nos acessos que ligam os municípios de Bequimão e Central do Maranhão. Foram 38 quilômetros de acesso novinho.

O complexo rodoviário beneficia, diretamente, mais de 100 mil pessoas em 10 municípios da região e mais de 20 cidades localizadas em áreas de influência da rodovia, composta de dois lotes, partindo da ponte Governador Antônio Dino, sobre o Rio Pericumã.

Além de marcar o fim do isolamento entre os municípios, o impacto econômico no Litoral Ocidental, rico em paisagens naturais, vai, também, incrementar o turismo. A nova rodovia reduz o percurso em mais de 100 quilômetros para quem precisa viajar de ferry-boat, via porto do Cujupe e tem impacto direto na indústria do pescado, com a economia do frete.

“É uma estrada importantíssima. Ano passado foi inaugurada a ponte Governador Antônio Dino, sobre o Rio Pericumã e, agora, estamos inaugurando os acessos. São 38 quilômetros que ligam Bequimão a Central. A estrada é a redenção da região da Baixada e do Litoral Ocidental do Maranhão. Portanto, nós estamos em festa e toda a população está de parabéns por essa grande obra. Na presença do governador Carlos Brandão, do nosso subsecretário, Ítalo Augusto, representantes do governo e políticos da região, pudemos testemunhar esse grande feito histórico, rodeado da multidão que, agradecida, fez questão de acompanhar o evento, com carreata, queima de fogos, descerramento da placa, além daquela corridinha pela rodovia que o nosso Governador sempre gosta de fazer”, destacou o secretário de Estado da Infraestrutura Aparício Bandeira.

O prefeito de Bequimão, João Martins, um entusiasta do desenvolvimento dos municípios da Floresta dos Guarás, declarou que a conclusão dessa obra é a realização de um sonho e que, inclusive, já chegou a fazer um estudo, quando Superintendente do Sebrae-MA, sobre os impactos econômicos que a região teria com a construção da Ponte sobre o Rio Pericumã e dos acessos na MA-211, ligando o Litoral Ocidental à Baixada Maranhense. “Aqui temos o Consórcio dos municípios da Floresta dos Guarás, o Conguarás, do qual sou presidente. Espero que os gestores desses municípios estejam atentos e possam preparar seus empresários e futuros empreendedores para o progresso que essa obra representa”, disse.

A obra é, também, uma reivindicação de quase 10 comunidades quilombolas que vivem no entorno da rodovia. Dentre elas, encontram-se as comunidades Monte Carmo, Juçaral e Jacaretiua, que ficam do lado de Central. Do lado do município de Bequimão estão, Mata-Burro, Piçarreira, Ramal do Quindiua, a maior delas, composta por duas outras comunidades: a Mafra e Santa Rita.

“Essa estrada é um presente, um sonho que estamos realizando hoje. Um grande benefício que nosso amigo governador Carlos Brandão fez pela nossa região, porque a gente andava na lama. As nossas motos, os nossos carros, as nossas bicicletas estragavam. A gente andava demais a pé, nem de bicicleta a gente podia andar. Hoje podemos andar tranquilos nos nossos veículos, sem medo de quebrar”, enfatizou Seu José de Ribamar, morador no Quilombo Mafra.

É possível “ficar autista” depois de adulto?

Em um dos domingos no culto da congregação a qual eu faço parte, o bispo iniciou a sua fala lendo um texto bíblico e, ao discorrer sobre ele, falou algo muito curioso e que me instigou bastante.
“Alguns especialistas estão chamando esse tempo que estamos vivendo (de exaustão mental, sem forças para reverter), do nascimento de uma sociedade autista, auto erótica – uma mundo voltado para dentro de si; um mundo que não se comunica; um universo interno montado dentro de uma bolha, onde não há comunicação de um mundo interno com o outro”, explicou o bispo Renato Chaves.

Ao ouvir aquelas palavras, foi impossível não fazer uma análise minha imediata e, logo, a pergunta interna, “será que fiquei autista depois de adulta”? 

Não tenho muita propriedade para discorrer sobre o assunto, mas fazendo algumas leituras e pesquisas sobre o tema, posso dizer que autismo – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) – é uma condição de déficit no desenvolvimento do cérebro que afeta, diretamente, a capacidade de relacionamento do diagnosticado, com pessoas e ambiente em que vive e frequenta. Um transtorno que afeta o sistema nervoso e os sintomas mais comuns incluem, dificuldade de comunicação, dificuldade com interações sociais, comportamentos repetitivos, interesses restritos, resultando em um déficit na convivência. Por ser, também, considerado uma síndrome, é uma condição permanente, ou seja, não há cura, apenas gerenciamento e controle.

Geralmente, é na fase infantil que começam a ser observados os primeiros sinais dos sintomas do autismo, por volta dos 2 aos 6 anos de idade, quando a criança começa a ter maior interação com outras pessoas e a realizar tarefas mais complexas, podendo ser observados pelos familiares, amigos ou professores. É nessa fase que o cérebro realiza a maioria das ligações entre os neurônios, estabelecendo as condições para o desenvolvimento da criança.

Já nos casos de autismo em adultos, assim como no autismo em crianças, conectar-se com outras pessoas pode ser muito complicado. Do ponto de vista da socialização, os sintomas de autismo leve em adultos incluem: sentir desconforto ou estranheza na hora de dar ou receber carinho/afeto, não ficam à vontade com demonstrações de carinho, mesmo com aqueles de quem são próximos, são extremamente honestas com seus pensamentos e não percebem que podem chatear o outro.

Às vezes, a gente se sente “um estranho no mundo” e nem sabe o porquê. Em outros momentos, até se culpa por isso e a maior resistência em tudo isso é parar para se perceber, se examinar, tentar identificar onde está errado, o que incomoda, no que precisa de ajuda e, se precisar, procurar ajuda médica com profissional qualificado. Tanto para este tipo de doença, como para qualquer outro relacionada à mente. Pois, assim como o corpo físico adoece, a mente também, sendo este segundo caso, até mais perigoso, pois não vemos.

E pelo que pude perceber, lendo alguns artigos, penso que não exista a tese de que “virei” autista depois de adulto, mas, sim, uma criança que não foi diagnosticada à época. Não teve percebido, gerenciado e nem tratado o seu comportamento.

Alguns sinais de autismo em adultos, que muitas vezes passam despercebidos.

– Utilização de linguagem direta (jeito áspero de falar com as pessoas sem discernir os momentos ou o tom de voz);

– Pouca comunicação visual;

– Pouca ou nenhuma compreensão para situações que envolvam situações afetivas e emocionais;

– Sofrimento intenso com barulhos e ambientes agitados;

– Obsessão para seguir determinadas regras e tarefas;

– Irritação repentina quando algo sai da rotina (rigidez em costumes e hábitos);

– Hiperfoco em determinados assuntos e objetos;

Tratamento

O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na interação social.

Mas, a única forma para confirmar o diagnóstico de autismo é consultando um profissional especializado que participe do processo de diagnóstico. Isso permite pensar no transtorno para além de um fenômeno biológico, pensando também nas relações sociais e culturais.

P.S – o acolhimento é a “cura” para diversos males da mente e da alma.

  • Mônica

    Mônica Alves

    O blog Mônica Alves é um veículo de comunicação virtual, que vai informar, sugerir e analisar assuntos políticos, bastidores e comportamentos variados do estado do Maranhão e do Brasil.

    Ao criar essa página, quero contribuir e levantar questionamentos subjetivos dos mais simples aos que ganham grandes espaços de notoriedade, além de dar espaço à boas histórias, com personagens e lugares que serão (re) descobertos por meio de relatos em viagens, festividades culturais e visitas etnográficas, mas que nem sempre têm a oportunidade do destaque merecido.