A decisão judicial desta quarta-feira (12) traz um alívio para os passageiros de São Luís diante da greve anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), programada para começar na próxima segunda-feira (17). A liminar concedida ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) determina que 80% da frota de transporte coletivo continue circulando, a fim de minimizar os impactos da paralisação. Caso o Sindicato dos Rodoviários descumpra a decisão, será aplicada uma multa diária de R$ 100 mil. Essa medida tem o objetivo de assegurar que a população não sofra com a falta de transporte público, mantendo uma parte da frota em funcionamento durante o período da greve.
Além da exigência de manter 80% da frota em circulação, a liminar judicial também proíbe o Sindicato dos Rodoviários de realizar qualquer tipo de ato que possa prejudicar ainda mais o transporte público, como vandalismo, operações “catraca livre”, “tartaruga” ou piquetes. Isso significa que o sindicato não pode permitir a gratuidade das passagens, retardar a operação dos ônibus para causar congestionamentos ou bloquear a saída dos veículos das garagens, ações comuns em greves anteriores. A medida busca evitar que o transporte coletivo de São Luís seja ainda mais comprometido e garantir que a decisão judicial, que visa proteger os usuários, seja efetivamente cumprida.
O diretor Executivo do SET, Paulo Pires, explicou que o acionamento da Justiça foi uma medida preventiva, com o objetivo de proteger tanto a população quanto as empresas de transporte público de prejuízos. Segundo ele, a decisão judicial busca evitar que a greve dos rodoviários cause maiores transtornos aos passageiros e ao funcionamento das empresas, garantindo que a frota de ônibus permaneça em operação, minimizando o impacto para os usuários e mantendo o transporte público acessível.
“A população não pode ser prejudicada por uma decisão dos trabalhadores rodoviários de parar a circulação dos ônibus, pois isso provoca prejuízos incalculáveis a toda a cidade. Sem ônibus não funcionam o comércio, as escolas, as empresas prestadoras de serviços, órgãos públicos, empresas. A cidade não pode parar, então, recorremos à Justiça com o anúncio da greve pelos rodoviários para evitar tantos prejuízos”, justificou Paulo Pires.
