
A enfermeira Karinna Leite, de 27 anos, moradora de São Luís (MA), decidiu transformar sua experiência pessoal em um alerta à população sobre os perigos do uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes. Após enfrentar complicações graves de saúde, que culminaram em uma internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Karinna afirma que não deseja que outras pessoas passem pelo que ela viveu.
Esse relato da enfermeira Karinna Leite é um exemplo impactante dos riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos, especialmente quando combinados com outras condições de saúde, como infecções respiratórias. A história dela ilustra algumas questões importantes:
Muitos usuários de cigarros eletrônicos acreditam que eles são inofensivos ou significativamente menos prejudiciais que os cigarros convencionais. No entanto, estudos e casos clínicos, como o de Karinna, vêm mostrando que o uso prolongado de vapes pode causar sérios danos ao sistema respiratório, como inflamações, bronquiolite obliterante (conhecida como “pulmão de pipoca”) e até pneumonia química.
No caso de Karinna, o agravamento da gripe levou a uma pneumonia, potencialmente intensificada pelo uso contínuo do vape. O aparelho pode prejudicar os mecanismos naturais de defesa dos pulmões, dificultando a recuperação de infecções respiratórias e favorecendo quadros mais graves.
A necessidade de entubação e permanência na UTI por oito dias mostra a gravidade que um quadro inicialmente “simples” pode alcançar quando fatores de risco como o uso de cigarros eletrônicos estão presentes.
Karinna usa sua experiência como um chamado à prevenção, o que pode ter um impacto muito maior do que dados frios ou campanhas genéricas. Casos reais como esse têm potencial de alcançar o público jovem — principal usuário de vapes — com mais eficácia emocional.
“Quero que as pessoas que usam cigarros eletrônicos parem. Eu vivi dias muito difíceis e não quero que ninguém passe pelo que eu passei”, declarou.
