Educar com o c* levanta discussão sobre a seriedade das discussões sobre gênero e sexualidade

É óbvio que eu queria escrever muitas coisas em relação a esse vídeo, a essa “palestra”, a esse comportamento e, até para o público que “pagou pau” e aplaudiu a cena, mas, eu me limito à ética profissional e teço comentários, no geral, sobre o acontecimento. Da falta de seriedade nas discussões sobre gênero e sexualidade. Coisa que, hoje, uma parte da sociedade tanto busca por espaço e mesas de debates mais amplos.

É óbvio, de novo, que aqui fica o meu repúdio e o luto pelo que se transformou, há décadas, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Um ambiente de orgia, sarcasmo, ironias, afrontas, normalização das drogas, sexo desenfreado pelo tal “meu corpo, minhas regras” e como resultado, a facilitação para, até, caso de estupro. Uma liberdade que não é liberdade e, sim, uma inconsequência. 

É inacreditável, mas, é real, o vídeo que ganhou todas as páginas de notícias do estado e fora dele onde mostrou dançarina durante um evento na Universidade Federal do Maranhão – UFMA -, gerando bastante polêmica. A apresentação ocorreu durante a palestra “Gênero para além das fronteiras: tendências contemporâneas na América Latina e no Sul Global”, e a dançarina envolvida é Tertuliana Lustosa. O evento foi patrocinado por recursos públicos da CAPES, o que levantou discussões sobre a adequação e a natureza das apresentações em eventos acadêmicos.

O evento, que começou na quarta-feira (16) e vai até sexta (18), incluiu uma mesa-redonda sobre “Dissidências de Gênero e Sexualidades”, onde Tertuliana Lustosa, Andreone Medrado e Leticia Nascimento foram os participantes. A apresentação de Tertuliana, que gerou controvérsia, foi considerada por alguns como uma “farsa acadêmica”. O incidente levantou questões sobre os limites da expressão artística em ambientes acadêmicos e o uso de recursos públicos para financiar tais eventos.

A atitude de Tertuliana Lustosa durante o evento, ao subir na cadeira e realizar uma performance sexual, gerou reações mistas na plateia, com risadas e aplausos, mas também críticas em relação à adequação da apresentação em um contexto acadêmico. Sua declaração sobre “educar com o cu” enfatizou a controvérsia em torno do evento, levantando questionamentos sobre o uso de recursos públicos e a seriedade das discussões sobre gênero e sexualidade. Essa situação reflete um debate mais amplo sobre a arte, a educação e os limites da expressão em ambientes universitários.

UFMA se pronuncia 

A Universidade Federal do Maranhão (Ufma) informou nesta quinta-feira , 17, em nota, que está averiguando o caso da professora e cantora. Mas, é claro, tentou justificar tamanha aberração sexual em um ambiente de estudo, como um ambiente “plural e de diálogos, dedicado ao conhecimento, à diversidade de ideias e ao respeito mútuo”. Ou seja, uma liberdade que não é liberdade e, sim, uma inconsequência.

A universidade afirmou que tomará as providências cabíveis após ouvir todas as partes envolvidas, destacando seu compromisso com um ambiente acadêmico que seja inclusivo, respeitoso e transparente.

Bom, a sociedade fica ansiosa esperando estas “providências”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Mônica

    Mônica Alves

    O blog Mônica Alves é um veículo de comunicação virtual, que vai informar, sugerir e analisar assuntos políticos, bastidores e comportamentos variados do estado do Maranhão e do Brasil.

    Ao criar essa página, quero contribuir e levantar questionamentos subjetivos dos mais simples aos que ganham grandes espaços de notoriedade, além de dar espaço à boas histórias, com personagens e lugares que serão (re) descobertos por meio de relatos em viagens, festividades culturais e visitas etnográficas, mas que nem sempre têm a oportunidade do destaque merecido.