Justiça

Poucos mais de 72h, processo de indicação do adv Flávio Costa ao TCE-MA é suspenso por Flávio Dino

O advogado Flávio Costa foi indicado ao cargo de Conselheiro do TCE pelo governador Carlos Brandão, mas, pouco mais de 72h depois, o processo de indicação do novo Conselheiro foi suspenso pelo ministro Flávio Dino. O cenário tem se marcado politicamente tenso e pessoal. O pior é uma Corte do cacife do Supremo Tribunal Federal se deixar ser usado por insatisfações e picuinhas do deputado estadual Othelino Neto que só pensa nele e nos interesses pessoais dele.

Advogado Flávio Costa

A Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA) iniciou o processo de aprovação da indicação do advogado Flávio Costa para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) na última sexta-feira, 7, logo após o envio da indicação pelo Executivo Estadual. A vaga no TCE foi aberta devido à aposentadoria antecipada do conselheiro Álvaro César.

Costa passou por uma sabatina na Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA), mas, após a sabatina, o relatório da deputada Solange Almeida, que era relatora do processo, não chegou a ser votado. Isso ocorreu porque os deputados Othelino Neto (Solidariedade) e Catulé Jr. (PP) aprovaram um pedido de vistas, o que adiou a votação do relatório.

Pouco mais de 72 horas depois, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão do processo de indicação de Flávio Costa ao TCE-MA. A decisão foi tomada após o partido Solidariedade entrar com uma ação contestando a votação secreta feita pela Assembleia Legislativa para aprovar a indicação.

Suspensão

Flávio Costa, advogado do governador Carlos Brandão (PSB), teve seu nome aprovado pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA). Essa votação foi questionada pelo partido Solidariedade, mais precisamente na pessoa do deputado estadual Othelino Neto, que entrou com uma ação no STF, solicitando a revisão do processo.

Na decisão, Dino tomou por base processo de escolhas que são apreciados pelo Senado Federal, e que dão à sociedade, por meio do portal, o encaminhamento de informações a respeito do indicado para cargo público.

Justiça dá um prazo de 72 anos para Luciano Genésio pagar salário de servidores

Uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) em face do Município de Pinheiro, tem como objetivo garantir a regularização dos salários atrasados dos servidores municipais. Após a instauração da ação, a Justiça concedeu um prazo de 72 horas para que o Município de Pinheiro se manifeste sobre o pedido de liminar. A liminar solicitada tem como finalidade a regularização imediata dos pagamentos dos servidores, que estão com salários em atraso.

A decisão mencionada, proferida pela juíza Arianna Rodrigues de Carvalho Saraiva, da 1ª Vara da Comarca de Pinheiro, é uma resposta à Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público. A ação foi ajuizada nesta terça-feira, dia 5 de novembro, com o objetivo de garantir os direitos trabalhistas dos servidores municipais de Pinheiro, que estão com salários em atraso.

O MPMA, ao ajuizar a ação, está atuando em defesa do interesse público e da dignidade dos servidores, que são fundamentais para o funcionamento dos serviços públicos no município. Esse tipo de ação também visa evitar que a administração pública deixe de cumprir suas obrigações trabalhistas e prejudique a saúde financeira e o bem-estar dos servidores.

A ACP movida pelo MP, com a assinatura da promotora de justiça Samira Mercês dos Santos, destaca a necessidade do pagamento dos salários atrasados e, também, combater as irregularidades administrativas que resultaram nessa situação. No documento, a promotora inclui medidas como o bloqueio de valores nas contas municipais “e a possível exoneração de cargos”. Num segundo pedido, ela solicita o afastamento do prefeito Luciano Genésio e bloqueio de contas.

Após o prazo de 72 horas para manifestação do prefeitura, o processo avançará para a análise do pedido de liminar. Nesse momento, a juíza responsável pelo caso avaliará as justificativas e os argumentos apresentados pelo município, caso este tenha se manifestado e decidirá se concede ou não a liminar para regularizar do pagamento dos salários.

Em tempo

A Nota de Esclarecimento emitida pela Prefeitura de Pinheiro afirma que as unidades de saúde estão operando de forma normal, o que, de acordo com a gestão, implicaria que os serviços estariam sendo prestados à população sem interrupções.

Débito com a Tv Mirante: Justiça bloqueia mais de 100 mil reais da conta do prefeito Eduardo Braide

A situação envolvendo o bloqueio de contas do prefeito Eduardo Salim Braide revela uma série de implicações legais e financeiras. A condenação judicial proveniente da 1ª Vara Cível de São Luís, que determinou o bloqueio de R$ 135.133,67 devido à Televisão Mirante Ltda. por serviços de publicidade não pagos, destaca a responsabilidade financeira do prefeito e suas obrigações contratuais.

De acordo com a credora, a falta de pagamento persiste apesar das tentativas de resolução extrajudicial e do protesto dos títulos, o que levou à ação judicial. A juíza determinou o bloqueio dos valores nas contas do prefeito sem aviso prévio, seguindo o que estabelece o Código de Processo Civil (CPC), demonstrando a urgência e a gravidade da situação.

O bloqueio efetivado em setembro, resultando na retenção de R$ 11.164,00, é apenas uma fração do total devido, o que sugere que ainda há um montante considerável a ser quitado. A advertência da Televisão Mirante sobre a suspensão da veiculação de novas publicidades até que a dívida seja regularizada também é uma medida que pode impactar a imagem pública e a comunicação do prefeito.

Esse episódio não só evidencia a necessidade de uma gestão financeira mais eficaz, mas também levanta questões sobre a relação entre a administração pública e os fornecedores de serviços. A sociedade, portanto, espera esclarecimentos sobre a regularização dessa pendência e sobre as ações que serão tomadas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.

As informações são do site Direito e Ordem

Tribunal de Justiça mantém absolvição do jornalista Elbio Carvalho; estagiária criou “notícia falsa”

No último dia 12 de setembro, o Tribunal de Justiça do Maranhão colocou um ponto final num caso de grande repercussão no Estado, mantendo a absolvição do jornalista Elbio Carvalho.

Por unanimidade a 2ª Câmara de Direito Criminal do TJMA julgou improcedente a apelação criminal interposta pela defesa da estagiária Nelyane Gomes Ferreira, que contestava a decisão da Juíza Titular da 3ª Vara Criminal, Patrícia Marques Barbosa, que após ouvir 13 testemunhas em audiência de instrução e julgamento, no processo sobre importunação sexual, realizada em junho do ano passado, julgou e absolveu o réu, José Elbio, por falta de provas. Com isso o jornalista está inocentado.

Entenda o caso:

Em setembro de 2021 uma estagiária de jornalismo do Grupo Mirante, lotada no setor de mídias digitais, prestando serviços no G1/MA, Nelyane Gomes Ferreira denunciou o jornalista Elbio Carvalho, repórter da TV Mirante, por prática de “assédio sexual”. O fato teria acontecido nas dependências da empresa.

Com ajuda de pessoas do ciclo de amizade íntima, o caso ganhou proporções inimagináveis, por sua divulgação na internet. Em menos de cinco dias de seguidas publicações nas redes sociais, Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin e Whatsapp, foram mais de dez milhões de visualizações, curtidas, comentários e compartilhamentos nessas plataformas.

Rapidamente, o jornalista Elbio Carvalho foi execrado publicamente, julgado pelos internautas, que manifestaram os mais absurdos pensamentos, em tons de agressividade extrema e ameaças, inclusive de morte, sem que o profissional de jornalismo, há décadas na Tv Mirante, afiliada Globo, tivesse direito de defesa das graves acusações.

No período crítico para o renomado profissional, nem sequer havia sido registrado Boletim de Ocorrência. Somente três dias depois do início do massacre virtual, a suposta vítima procurou a Delegacia Especial da Mulher para fazer o procedimento. Com isso um Inquérito Policial foi instaurado e durante quatro meses a Polícia Civil investigou o jornalista, intimou e ouviu várias testemunhas, inclusive funcionários da Tv Mirante, realizou diligências, mas não encontrou provas, sinal de que se tratava de uma armação contra José Elbio.

Na primeira parte, que competia à Polícia o inquérito policial terminou com registro claro de inocência do jornalista. O relatório assinado pela delegada Ana Cláudia Rosa Silva dos Santos, titular da Delegacia Especial da Mulher foi encerrado com a informação de que não foram encontrados durante as investigações, elementos jurídicos para indiciamento do investigado. Mesmo assim o inquérito concluído foi encaminhado à Justiça e, embora não houvesse qualquer tipo de prova, por menor que fosse, somente falácias, houve oferecimento de denúncia ministerial e o caso prosseguiu na Justiça, com processo judicial que tramitou na 3ª Vara Criminal.

No fim do ano passado esta segunda parte, já com o ajuizamento, chegou ao fim. Houve sentença proferida pela juíza Patrícia Marques Barbosa, Titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de São Luís, com absolvição do réu, por falta de provas no processo. “Ante o exposto, e tudo o mais que dos autos consta, julgo improcedente a pretensão punitiva estatal e ABSOLVO o acusado JOSÉ ELBIO CARVALHO NASCIMENTO, da imputação do art. 215-A, do CPB, NOS TERMOS DO ART. 386, III e VIII, do CPP.”, decretou a magistrada, na sentença que teve em sequência, sua publicação.
Inconformada com o resultado, a defesa da suposta vítima recorreu ao Tribunal de Justiça, com apelação, que teve o julgamento recente pela 2ª Câmara de Direito Criminal, com votos unânimes dos desembargadores Francisco Ronaldo Maciel Oliveira, relator e os membros, Sebastião Joaquim Lima Bonfim e Vicente de Paula Gomes de Castro. Os votos foram confirmados com registros de “ATIPICIDADE DA CONDUTA” do réu, “DOLO NÃO CONFIGURADO, CONDUTA NÃO CARACTERIZADORA DE SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA, INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA e RECURSOS DESPROVIDOS.”

A 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão lavrou no Acórdão que “a condenação não pode ter supedâneo em meras conjecturas e suposições, mas sim em provas concludentes e inequívocas, e não sendo esta a hipótese dos autos, na qual não restou demonstrada a elementar do tipo, deve haver a manutenção da sentença.”. Os desembargadores Ronaldo Maciel, Sebastião Bonfim e Vicente de Paula também tiveram outra peça de sustentação das decisões individual e coletiva: o parecer da Procuradoria de Justiça do Maranhão, sobre o caso. A Procuradora de Justiça Regina Lúcia de Almeida Rocha, ao receber o processo em fase recursal, analisou minuciosamente o conteúdo e ao constatar a falta de provas, deu parecer favorável ao jornalista, negando provimento e recomendando a manutenção da decisão de primeiro grau, que absolveu o réu. “Nosso trabalho foi minucioso e com muitos detalhes. Isso foi o suficiente para mostrar as contradições de Nelyane. Além disso é bom lembrar que não existe mentira perfeita e o que buscamos foi justamente a imperfeição da ‘notícia’ divulgada”, disse Luciana Almeida, advogada do jornalista Elbio Carvalho.

O também advogado de defesa de Elbio Carvalho, Luís, Anderson Cutrim de Sousa comentou a decisão judicial. “Como já estava bem claro desde a conclusão do inquérito policial e que ficou confirmado durante toda instrução processual da ação criminal e fase recursal, o Jornalista José Elbio Carvalho Nascimento é inocente, pois não houve nenhum elemento de prova que confirmasse as falsas denúncias feitas contra o mesmo”.

Assim ficou claro que não passou de uma armação contra o jornalista Elbio Carvalho, a ação orquestrada pela estagiária Nelyane Gomes Ferreira, que colocou-se como suposta vítima de um crime que não existiu.

“As denúncias de assédio e importunação sexual contra o renomado jornalista não passaram de calúnia e difamação, mas que o Poder Judiciário fará, por meio das ações de indenização, a devida responsabilização dos caluniadores”, acrescentou Anderson Cutrim.

Desta forma tudo foi esclarecido e a verdade resplandeceu. Jose Elbio é inocente.

Em tempo

O problema é que sendo inocentado ou não, verdade ou não, a vida da pessoa já foi absurdamente “destruída” pela própria mídia que, agora, precisa noticiar a inocência. E agora, quem vai pagar pelas humilhações morais pelas quais o jornalista passou? Quem arcará com seu prejuízo emocional, profissional e financeiro?

Deolane Bezerra é presa em Operação contra a prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro

Conhecida em todo o Brasil depois da morte polêmica do, então, namorado, Mc Kevin – morto em 2021, após cair de sacada de hotel -, a advogada Deolane Bezerra viu seu nome e sua imagem deslanchar. Contratos, aparições, brigas, programas de tv, mais brigas, Deolane, que logo virou “influenciadora digital” é vista como a mulher que faz o que  quer e não leva desaforo pra casa.

Dona de uma fortuna, carros de luxo, mansões, até no exterior, a “dôtora”, como também é conhecida, sempre fez questão de exibir tais conquistas, que veio a prova, nesta quarta-feira, 04, a rapidez em como tudo foi conquistado.

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu nesta manhã Deolane, em uma operação contra organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão aconteceu no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

A prisão foi confirmada à TV Globo pela Polícia Civil de Pernambuco. De acordo com a corporação, a empresária foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste na cidade. As investigações da operação “Integration” foram iniciadas em abril de 2023.

Além da prisão da empresária, também foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiania.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, também foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.

Além de bloqueios de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.

As investigações contaram com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.

Gestão do ex-prefeito de Barão de Grajaú Gleydson Rezende é alvo de Operação da PF

E o mais incrível é que é o ex-prefeito dessa gestão investigada – Gleydson Rezende – quer voltar a governar a cidade. Pode isso, Arnaldo?

Na manhã de hoje, 28, a Polícia Federal deflagrou a Operação Vis Habitus, que tem como objetivo combater possíveis desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias e lavagem de dinheiro cometidos no município de Barão do Grajaú/MA entre os anos de 2015 e 2017, gestão de Gleydson Rezende, atualmente candidato a prefeito na cidade.

Segundo as investigações, servidores públicos do município receberam transferências de valores de empresas contratadas pela prefeitura local e movimentaram mais de R$ 1.375.480,00 (um milhão e trezentos mil reais) em suas contas pessoais.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no município de Barão do Grajaú/MA, expedidos pela Vara Federal de Balsas/MA. Além disso, foi determinada pelo Juíz Federal a quebra do sigilo telemático dos equipamentos encontrados.

Apreensão

Os investigados poderão responder por corrupção passiva, apropriação de verbas públicas, fraude licitatória, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, se somadas, podem chegar a 29 anos de prisão.

Durante as buscas, grande quantidade de dinheiro em espécie foi encontrada. Os valores ainda estão sendo contabilizados. Foram apreendidos veículos de luxo e bens incompatíveis com a renda dos investigados.

Os materiais apreendidos serão encaminhados para a realização dos exames periciais visando a coleta de novos elementos, visando identificar outros servidores envolvidos, empresários, bem como identificar outros crimes relacionados.

As investigações foram conduzidas e operacionalizadas pela Delegacia de Polícia Federal em Caxias/MA e seguem em andamento.

Mais

O nome da operação remete ao termo em latim “vis habitus”, que significa a “força do hábito”. No contexto jurídico, ela se refere à presunção de que uma determinada situação ou condição continuará existindo, a menos que haja algo ou alguém que impeça sua reiteração.

CNJ abre investigação sobre conduta de corrupção de desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão

Desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão que foram alvo de operação da Polícia Federal

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu um procedimento administrativo para investigar a conduta dos desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão que foram alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, 14, por suspeita de corrupção.

O corregedor do CNJ, ministro Luís Felipe Salomão, solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tramita o inquérito criminal sobre os magistrados, que envie todas as informações úteis para o processo disciplinar.

“O cenário exposto sugere a prática de falta funcional com repercussão disciplinar por parte dos magistrados envolvidos, o que exige a atuação desta Corregedoria Nacional de Justiça, com urgência, para a apuração dos fatos aqui narrados”, diz um trecho da decisão.
O CNJ também notificou o TJMA para informar, em até cinco dias, as providências tomadas.

Foram alvos da operação da Polícia Federal, além de advogados assessores judiciais, os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton, Nelma Sarney Costa e Antônio Guerreiro Júnior. Os juízes Cristiano Simas de Sousa e Alice de Sousa Rocha e o ex-juiz Sidney Cardoso Ramos também são investigados pela PF. Todos estão afastados das funções, por determinação do STJ.

A Polícia Federal disse que encontrou indícios da “manipulação de processos” em troca de propinas. Em apenas uma das ações, podem ter sido desviados R$ 14 milhões, valor correspondente a um alvará fraudulento que teria sido expedido. Os policiais federais fizeram buscas em endereços residenciais e nos gabinetes dos magistrados.

A desembargadora Nelma Sarney Costa já estava afastada do tribunal pelo CNJ, acusada de usar o cargo para ajudar um ex-assessor, com quem trabalhou entre 1991 e 2014, a ser aprovado em um concurso de cartórios no Estado.

O desembargador Guerreiro Júnior também estava afastado antes da operação. Ele é investigado por suspeita de envolvimento em irregularidades na obra do Fórum de Imperatriz.

Nota do TJMA
 – O Tribunal de Justiça do Maranhão emitiu nota comunicando que tem colaborado com a “Operação 18 minutos”, realizada pela Polícia Federal, cumprindo determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em algumas unidades do prédio sede do TJMA e do Fórum de São Luís.

“Com fundamento nos princípios da transparência e da governança, o TJMA atende à determinação do STJ, que expediu mandados de busca e apreensão para a realização da operação pela PF”, complementa a nota do judiciário maranhense.

Dia de CASSAÇÃO, também, para o vereador Domingos Paz

Ocorreu na manhã desta sexta-feira, 09, o julgamento do vereador Domingos Paz (DC). O vereador, que enfrentava acusações por quebra de decoro parlamentar por suposto assédio sexual contra uma adolescente de 17 anos, teve seu mandato cassado por 24 dos votos em sessão extraordinária realizada no Plenário Simão Estácio da Silveira.

Comissão Processante   

A sessão extraordinária foi convocada a pedido do presidente da Comissão Processante, vereador Chico Carvalho (PSDB). A Comissão, que é composta ainda por Edson Gaguinho (PP) e Fátima Araújo (PCdoB), analisou em prazo regimental a representação por quebra de decoro parlamentar.

“Gostaria de dizer que nós enquanto Comissão Processante trabalhamos dentro do que diz a Resolução Administrativa nº 102/24. Evitamos inclusive aparecer na mídia para não sermos acusados de usar esta situação como trampolim político. Com certeza fizemos um relatório enxuto, buscando toda a documentação na Comissão de Ética”, declarou Carvalho.

Após a elaboração de relatório, o colegiado decidiu internamente por acatar a representação por três votos a zero, desse modo, o processo seguiu para apreciação do Plenário. No documento, a relatora do processo, Fátima Araújo aponta indícios de quebra de decoro e recomenda como punição a cassação do mandato.

“A análise das provas sugere que o comportamento do vereador Domingos Paz apresenta indícios de violação dos princípios éticos e morais que devem nortear a conduta de um parlamentar… Portanto, configura-se como quebra de decoro parlamentar e prejudica a confiança nas instituições públicas”, conforme trecho do relatório.

Renúncia

O acusado teve a oportunidade de se manifestar publicamente. Sobre as denúncias, Paz as classificou como mentirosas e infundadas, e falou ainda em perseguição política. “Aqui não tem nada de opinião pública, aqui se tem um grupo orquestrado e fazendo trampolim para a campanha. Enquanto fazem injustiça, Deus fará justiça no dia 06 de outubro”, discursou.

Durante sua manifestação, Domingos Paz chegou a anunciar que renunciaria ao mandato, por meio do Ofício nº 23/24. No entanto, o presidente Paulo Victor (PSB) comunicou que legalmente, uma vez iniciado o processo de cassação, a renúncia não poderia ser recebida pela Mesa Diretora.

Votação

O Plenário Simão Estácio da Silveira optou por 24 votos pelo afastamento do vereador Domingos Paz. No momento da votação foram computados 27 votantes aptos, sendo duas abstenções e excetuando-se o presidente da mesa que só vota em caso de desempate. Cabe destacar também que os votos do denunciante, neste caso a vereadora Silvana Noely (PSB), e do processado não são considerados.

Votaram favoráveis os vereadores Chico Carvalho (PSDB), Edson Gaguinho (PP), Fátima Araújo (PCdoB), Pavão Filho (PSB), Thyago Freitas (PRD), Álvaro Pires (PSB), Marquinhos (União Brasil), Nato Júnior (PSB), Octávio Soeiro (PSB), Daniel Oliveira (PSD), Marcos Castro (PSD), Tiririca do Maranhão (PL), Raimundo Penha (PDT), Dr. Gutemberg (Republicanos), Andrey Monteiro (PV), Marlon Botão (PSB), Concita Pinto (PSB), Rosana da Saúde (Republicanos), Marcial Lima (PSB), George da Companhia (Avante), Karla Sarney (PSD), Coletivo Nós (PT), Umbelino Júnior (PSB) e Ribeiro Neto (PSB). Com as abstenções de Antônio Garcez (PP) e Astro de Ogum (PCdoB) e nenhum voto contra.

Encaminhamentos

Em consonância com o Decreto Lei nº 201/67, que rege a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores, a Câmara deve oficializar a cassação por meio de decreto legislativo e comunicar o resultado de forma imediata à Justiça Eleitoral.

Paula da Pindoba CASSADA!

The End para Paula da Pindoba

A prefeita afastada de Paço do Lumiar, Paula Azevedo, mais conhecida como Paula da Pindoba, foi cassada pela Câmara Municipal durante sessão realizada nesta sexta-feira (9). Quinze vereadores votaram a favor da cassação e apenas quatro foram contra.

A denúncia contra a prefeita foi apresentada por uma cidadã luminense, em um contexto de graves denúncias de corrupção e irregularidades que comprometem Paula Azevedo.

Durante a sessão ordinária, a defesa de Paula se manifestou afirmando que não havia atos que comprovassem o dolo da gestora, que é investigada por improbidade administrativa. Ainda de acordo com a defesa, a prefeita está sofrendo uma acusação genérica.

Durante a sessão, os vereadores tiveram 15 minutos para manifestar seu posicionamento em relação às denúncias contra a prefeita.

Ao final, o relator Fernando Feitosa votou pela cassação. Além dele, o presidente da Câmara, Jorge Maru (Solidariedade), e mais 13 vereadores decidiram pela perda do mandato de Paula Azevedo.

Com a cassação de Paula, o prefeito em exercício de Paço do Lumiar, Inaldo Alves Pereira (PSDB), passa a assumir o cargo definitivamente até 31 de dezembro de 2024, quando deve ser substituído pelo prefeito eleito nas eleições, que ocorrem em 6 de outubro.

Mais 

Paula Azevedo estava afastada do cargo desde o dia 29 de maio, quando foi alvo de uma decisão da desembargadora Maria da Graça Amorim, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), que determinava o afastamento por 50 dias. Depois disso, a prefeita conseguiu uma decisão liminar do desembargador Vicente de Castro, do TJ-MA, e voltou ao poder no dia 28 de junho. No mesmo dia, uma nova decisão, desta vez do juiz Gilmar Everton Vale, titular do Termo Judiciário da 1ª Vara de Paço do Lumiar, determinou um novo afastamento da gestora, por mais 90 dias.

Julgamento do vereador Domingos Paz em caso de abusos sexual é marcado para quinta-feira, 8

São Luís – O vereador Domingos Paz foi convocado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Victor, para que seja realizado o julgamento do Parecer Final sobre as acusações de crimes sexuais desde 2022. A sessão extraordinária desta quinta-feira (08) será integralmente dedicada ao julgamento.

Segundo a legislação, Domingos Paz só pode ser afastado do cargo se houver pelo menos ⅔ (dois terços) de votos, ou seja, 20 dos 31 vereadores da Casa. O vereador desistiu da reeleição, porém, sua esposa, Josélia Rodrigues, será a candidata em seu lugar.

ENTENDA O CASO

Em 2022, o vereador Domingos Paz (Podemos) foi alvo de uma série de acusações feitas por três mulheres que o denunciaram pelos crimes de assédio sexual e estupro de vulnerável. Entre as supostas vítimas, está uma jovem de 29 anos.

Na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a jovem contou que teria sido violentada pelo vereador durante dois anos, quando ainda era menor de idade.

As denúncias levaram o movimento de mulheres a protocolar, na Câmara Municipal, um pedido coletivo de cassação do vereador, assinado por 54 entidades de defesa da mulher, além de outros 13 pedidos individuais.

Advogados de defesa das supostas vítimas, também deram entrada na Câmara com pedido de investigação e de cassação de Domingos Paz. A vereadora Silvana Noely (PTB) protocolou um pedido de investigação das denúncias e de afastamento temporário do parlamentar, até que a apuração fosse concluída.

No início deste ano, uma liminar da Justiça do Maranhão trancou um dos inquéritos que investigava um dos casos. De acordo com advogados, a decisão não inocenta a parlamentar.

Na mesma decisão, o desembargador Antônio Fernando Bayma Araújo, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), proíbe a Câmara de Vereadores de São Luís de aplicar qualquer sanção – como suspensão temporária ou cassação de mandato – contra Domingos Paz.

Imirante

  • Mônica

    Mônica Alves

    O blog Mônica Alves é um veículo de comunicação virtual, que vai informar, sugerir e analisar assuntos políticos, bastidores e comportamentos variados do estado do Maranhão e do Brasil.

    Ao criar essa página, quero contribuir e levantar questionamentos subjetivos dos mais simples aos que ganham grandes espaços de notoriedade, além de dar espaço à boas histórias, com personagens e lugares que serão (re) descobertos por meio de relatos em viagens, festividades culturais e visitas etnográficas, mas que nem sempre têm a oportunidade do destaque merecido.