A história de Luís Fernando é um retrato profundo da dor causada pelo feminicídio, mas, também, uma demonstração poderosa da capacidade de solidariedade da sociedade brasileira. A comoção nacional diante de sua frase — “Eu pensei que mamãe estava aqui” — foi o estopim de uma corrente de empatia que ultrapassou barreiras geográficas e mobilizou pessoas em todo o país.

A emocionante trajetória de Luís Fernando, de apenas 7 anos, tocou milhões de brasileiros e gerou uma grande mobilização nas redes sociais.
O menino, que perdeu a mãe, vítima de feminicídio, ganhou, com os irmãos, uma nova casa para recomeçar a vida com mais segurança e dignidade.
O novo lar foi construído graças à união de pessoas de diferentes regiões do país, sensibilizadas com a frase dita por Luís ao retornar ao local onde morava com a mãe: “Eu pensei que mamãe estava aqui.”
Solidariedade
A repercussão do caso foi imediata. Em poucos dias, doações começaram a chegar de todos os cantos do Brasil.
Com o apoio de voluntários, instituições e projetos sociais, a família agora conta com um lar seguro, estruturado e mobiliado.
Entre os itens doados estão móveis e eletrodomésticos novos, roupas, alimentos, materiais de construção e até apoio financeiro para a manutenção da nova moradia.
Novo lar
A entrega da nova casa foi marcada por muita emoção.
Surpreso ao ver o novo lar, Luís Fernando se emocionou com o acolhimento e o carinho recebidos. A ação coletiva trouxe mais conforto e segurança para a família, que busca se reerguer após a perda irreparável.
O caso continua comovendo pessoas em todo o país. A rede de apoio promete acompanhar a família nos próximos meses, garantindo que os irmãos tenham acesso a educação, saúde, assistência psicológica e proteção.
Entenda o caso
O vídeo que viralizou nas redes mostra a dor de uma infância marcada pela tragédia.
Luís Fernando, morador de Pedro do Rosário (MA), perdeu a mãe, Cirani Lopes Ferreira, vítima de feminicídio em fevereiro de 2025.
Ela foi morta a facadas pelo companheiro, que posteriormente morreu em confronto com a polícia, deixando Luís e o irmão órfãos.
A comoção gerada pelo vídeo mobilizou a sociedade. As doações permitiram que a família adquirisse uma casa própria.
Além disso, projetos como o “Órfãos do Feminicídio: Sem Desamparo”, do Ministério Público do Maranhão, estão oferecendo apoio psicológico, jurídico e social à família.
Especialistas alertam para os impactos duradouros da perda materna na infância, e o Estado já busca medidas mais eficazes de proteção, especialmente diante dos 42 casos de feminicídio registrados no Maranhão somente em 2025.
Por que essa história importa?
A história de Luís Fernando não é apenas um relato de dor, mas também de esperança e reconstrução coletiva. Ela escancara os efeitos devastadores do feminicídio, que ultrapassam a vítima direta e atingem profundamente os filhos e familiares. Ao mesmo tempo, mostra como a empatia pode se transformar em ação concreta, oferecendo a oportunidade de um novo começo.
