outubro 18, 2024

Educar com o c* levanta discussão sobre a seriedade das discussões sobre gênero e sexualidade

É óbvio que eu queria escrever muitas coisas em relação a esse vídeo, a essa “palestra”, a esse comportamento e, até para o público que “pagou pau” e aplaudiu a cena, mas, eu me limito à ética profissional e teço comentários, no geral, sobre o acontecimento. Da falta de seriedade nas discussões sobre gênero e sexualidade. Coisa que, hoje, uma parte da sociedade tanto busca por espaço e mesas de debates mais amplos.

É óbvio, de novo, que aqui fica o meu repúdio e o luto pelo que se transformou, há décadas, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Um ambiente de orgia, sarcasmo, ironias, afrontas, normalização das drogas, sexo desenfreado pelo tal “meu corpo, minhas regras” e como resultado, a facilitação para, até, caso de estupro. Uma liberdade que não é liberdade e, sim, uma inconsequência. 

É inacreditável, mas, é real, o vídeo que ganhou todas as páginas de notícias do estado e fora dele onde mostrou dançarina durante um evento na Universidade Federal do Maranhão – UFMA -, gerando bastante polêmica. A apresentação ocorreu durante a palestra “Gênero para além das fronteiras: tendências contemporâneas na América Latina e no Sul Global”, e a dançarina envolvida é Tertuliana Lustosa. O evento foi patrocinado por recursos públicos da CAPES, o que levantou discussões sobre a adequação e a natureza das apresentações em eventos acadêmicos.

O evento, que começou na quarta-feira (16) e vai até sexta (18), incluiu uma mesa-redonda sobre “Dissidências de Gênero e Sexualidades”, onde Tertuliana Lustosa, Andreone Medrado e Leticia Nascimento foram os participantes. A apresentação de Tertuliana, que gerou controvérsia, foi considerada por alguns como uma “farsa acadêmica”. O incidente levantou questões sobre os limites da expressão artística em ambientes acadêmicos e o uso de recursos públicos para financiar tais eventos.

A atitude de Tertuliana Lustosa durante o evento, ao subir na cadeira e realizar uma performance sexual, gerou reações mistas na plateia, com risadas e aplausos, mas também críticas em relação à adequação da apresentação em um contexto acadêmico. Sua declaração sobre “educar com o cu” enfatizou a controvérsia em torno do evento, levantando questionamentos sobre o uso de recursos públicos e a seriedade das discussões sobre gênero e sexualidade. Essa situação reflete um debate mais amplo sobre a arte, a educação e os limites da expressão em ambientes universitários.

UFMA se pronuncia 

A Universidade Federal do Maranhão (Ufma) informou nesta quinta-feira , 17, em nota, que está averiguando o caso da professora e cantora. Mas, é claro, tentou justificar tamanha aberração sexual em um ambiente de estudo, como um ambiente “plural e de diálogos, dedicado ao conhecimento, à diversidade de ideias e ao respeito mútuo”. Ou seja, uma liberdade que não é liberdade e, sim, uma inconsequência.

A universidade afirmou que tomará as providências cabíveis após ouvir todas as partes envolvidas, destacando seu compromisso com um ambiente acadêmico que seja inclusivo, respeitoso e transparente.

Bom, a sociedade fica ansiosa esperando estas “providências”.

Pinheiro: Antes de sair da prefeitura, Luciano Genésio quer tirar empréstimo de 37 milhões; Justiça nega

A decisão da Justiça de suspender o empréstimo de R$ 37,9 milhões solicitado pelo Município de Pinheiro, em resposta ao pedido do Ministério Público do Maranhão (MPMA), destaca a preocupação com a legalidade e a transparência nas operações financeiras públicas. A liminar, concedida em 25 de setembro, impede que o Município avance com a operação junto ao Banco do Brasil até que questões levantadas pelo MPMA sejam analisadas mais detalhadamente. Isso reforça a importância da fiscalização e do controle sobre o uso de recursos públicos.

A liminar da juíza Arianna Rodrigues de Carvalho Saraiva determina que, se a contratação da operação de crédito já tiver ocorrido, ela deve ser suspensa até que haja um julgamento final da Ação Civil Pública. Essa ação foi ajuizada pela promotora Samira Mercês dos Santos em 20 de setembro. Essa medida busca garantir que as questões legais sejam analisadas antes que a operação prossiga.

Irregularidades

Na ACP, o MPMA argumentou que a operação financeira implicaria em uma dívida pública por mais de 10 anos. Isto exigiria uma rigorosa análise sobre os impactos orçamentários e financeiros no Município. O fato foi ignorado pelos Poderes Executivo e Legislativo Municipais de Pinheiro.

Em junho deste ano, a Câmara de Vereadores aprovou, em regime de urgência, o projeto de lei nº 012/2024, que autorizava o empréstimo e alterava a Lei Municipal nº 2.902/2023, que já permitia uma operação de crédito de R$ 20,9 milhões.

Segundo a Promotoria de Justiça, os vereadores ignoraram o parecer que destacava a proibição desse tipo de operação no último ano de mandato e ano eleitoral.

Concurso também suspenso

Devido a irregularidades na contratação da banca organizadora e falta de transparência no concurso público promovido pelo Município de Pinheiro e executado pela Fundação de Apoio Tecnológico (Funatec), o Poder Judiciário determinou, em 8 de outubro, a suspensão liminar do certame. A decisão é resultado de Ação Civil Pública (ACP) ajuizada em 4 de outubro pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA).

Em caso de descumprimento da decisão, foi fixada multa diária de R$ 5 mil, limitada a 30 dias.

“A decisão de suspender o concurso visa preservar a administração pública e proteger os direitos dos candidatos, garantindo que o certame seja conduzido de forma transparente e dentro dos parâmetros legais”, afirmou a titular da 1ª Promotoria de Justiça de Pinheiro, Samira Mercês dos Santos.

Na ação, a promotora de justiça relatou que, em agosto deste ano, a Ouvidoria do MPMA recebeu denúncias sobre a falta de transparência e irregularidades na realização do concurso. A contratação da Funatec, oficializada em dezembro de 2023, revelou diversas falhas, incluindo ausência de pesquisa de preço de mercado, em desrespeito às leis de Licitações e das Finanças Públicas.

Também foi constatado que a Funatec utilizou justificativas sem base técnica ou acadêmica para indeferir recursos apresentados pelos candidatos e transferiu a divulgação do resultado das provas objetivas para depois das eleições municipais, sem motivo objetivo. O concurso teve 7.620 inscritos para os 73 cargos divulgados.

  • Mônica

    Mônica Alves

    O blog Mônica Alves é um veículo de comunicação virtual, que vai informar, sugerir e analisar assuntos políticos, bastidores e comportamentos variados do estado do Maranhão e do Brasil.

    Ao criar essa página, quero contribuir e levantar questionamentos subjetivos dos mais simples aos que ganham grandes espaços de notoriedade, além de dar espaço à boas histórias, com personagens e lugares que serão (re) descobertos por meio de relatos em viagens, festividades culturais e visitas etnográficas, mas que nem sempre têm a oportunidade do destaque merecido.