setembro 30, 2024

12 estados têm mais Bolsa Família do que empregados com carteira; Maranhão é um deles

Levantamento do Poder 360 aponta que o número de beneficiários do Bolsa Família ainda é maior que o de trabalhadores com carteira assinada em 12 das 27 unidades da Federação. Esses dados excluem o setor público.

Em janeiro de 2023, o número de beneficiários do programa correspondia a quase metade de todas as carteiras assinadas no Brasil. Essa proporção caiu para 44% do emprego formal em agosto de 2024.

Ou seja, houve uma expansão significativa do mercado de trabalho, enquanto o número de beneficiários do Bolsa Família teve uma queda, motivada pelo início da revisão de cadastros pelo Governo Federal.

Antes da pandemia, eram 8 Estados com mais benefícios que empregos formais. O número subiu para 10 em 2020, para 12 em 2022 com o Auxílio Brasil e chegou a 13 em 2023. O número se manteve em 13 no início de 2024, mas agora reduziu para 12 Estados.

A última mudança foi do Rio Grande do Norte, que passou a ter mais carteiras assinadas do que benefícios concedidos. Com isso, passou a ser o único do Nordeste com mais carteiras de trabalho do que beneficiários.

O Maranhão é o Estado onde essa relação de dependência do benefício é mais forte. Há 659 mil empregos com carteira assinada e 1,2 milhão de famílias maranhenses recebendo Bolsa Família. Ou seja, há quase duas famílias recebendo o Bolsa Família no Estado para cada empregado com Carteira de Trabalho.

Além do MA, os outros 11 estados nessa situação são: PA, BA, PI, CE, PB, AM, AL, PE, SE, AP e AC.

O Estado onde essa proporção é menor é Santa Catarina. Lá, há 10 trabalhadores no mercado formal para cada beneficiário do Bolsa Família.

  • Mônica

    Mônica Alves

    O blog Mônica Alves é um veículo de comunicação virtual, que vai informar, sugerir e analisar assuntos políticos, bastidores e comportamentos variados do estado do Maranhão e do Brasil.

    Ao criar essa página, quero contribuir e levantar questionamentos subjetivos dos mais simples aos que ganham grandes espaços de notoriedade, além de dar espaço à boas histórias, com personagens e lugares que serão (re) descobertos por meio de relatos em viagens, festividades culturais e visitas etnográficas, mas que nem sempre têm a oportunidade do destaque merecido.