A grande repercussão no caso do motorista de ônibus, Francisco do Vale, assassinado na noite da última segunda-feira, 22, enquanto estava no volante à trabalho, vem ganhando desdobramentos desde o trágico acontecimento.
Além do imediato recolhimentos da frota de ônibus na mesma noite e durante o dia seguinte, a Polícia Civil atuou rapidamente e, aliada ao serviço de Inteligência, conseguiu detectar e prender os criminosos. A prisão e as apreensões dos 3 meliantes aconteceu na tarde de ontem, 23.
Após prisão, Justiça manda soltar um dos suspeitos
Situação que vem causando revolta é que, após a prisão dos suspeitos pelo assalto seguido de assassinato ao motorista Francisco, a Justiça mandou soltar um dos envolvidos.
A decisão, assinada pela Juíza Criminal Plantonista, Maria da Conceição Privado Rêgo, concedeu liberdade a Leonidas Cunha Ribeiro, apontado como um dos participantes no assassinato do motorista.
Em depoimento, Leonidas disse que estava trabalhando carregando entulho com os adolescentes, quando um deles mostrou uma arma calibre 38 e o convidou para praticar um assalto. Leonidas diz que respondeu que ‘isso não daria certo e foi para casa’. Também, durante o depoimento, Leonidas falou que, por volta das 22h, soube do assassinato e que foi até um matagal socorrer os adolescentes.
Com base nos dados fornecidos e em resposta a uma solicitação da Defensoria Pública do Maranhão (DPE-MA), a magistrada concedeu a libertação de Leônidas com base em um ‘vício formal’. Isso se deu devido à ausência dos requisitos estipulados pelo Artigo 302 do Código de Processo Penal, que define os diferentes tipos de flagrante.
Na decisão, a juíza declarou, ainda, que ‘não existirem registros criminais ou processos para apuração de ato infracional anteriores em desfavor’ de Leônidas, que ‘este não esteve na cena do crime e não há no momento qualquer indício de sua participação ou mentoria’, conforme descrito no documento.
Já os outros dois suspeitos, adolescentes, seguem detidos e um deles assumiu ter atirado no motorista. No entanto, a Polícia Civil afirma que segue investigando o caso para tentar confirmar a autoria do crime.
Ainda segundo a Polícia Civil, os suspeitos residem nas proximidades do Terminal Rodoviário de São Luís, na região do bairro Vila Lobão, área bem próxima em que o assalto ao ônibus foi praticado.