setembro 12, 2023

São Luís é declarada oficialmente como Capital Nacional do Reggae

Passados quase 50 anos, São Luís, agora, é, oficialmente, a Capital Nacional do Reggae, reconhecida pela Lei 14.668, publicada nesta terça-feira (12), no Diário Oficial da União.

Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta terça-feira (12), a Lei 14.668/23, que concede a São Luís o título de Capital Nacional do Reggae. A norma teve origem no Projeto de Lei 81/20, do ex-deputado maranhense Bira do Pindaré, que foi aprovado pela Câmara no ano passado.

Ao apresentar o projeto, o autor argumentou que o reggae já é um elemento da cultura contemporânea do povo do Maranhão. “Influencia na maneira do maranhense falar, vestir-se e dançar, entre outras coisas. O estilo musical vai além do simples ritmo no Maranhão, é um movimento cultural que transmite a mensagem de liberdade, igualdade, paz, amor e harmonia”, disse, à época, o ex-parlamentar.

Adotado pela cultura maranhense no final da década de 1970, principalmente pela população da capital, o reggae, encontrou na periferia da cidade o lugar propício para ficar e ganhar características próprias na versão nacional: dançada a dois e embalada pelas radiolas, que são as tradicionais paredes formadas por caixas de som.

O ritmo, embalado por letras com críticas sociais contra o preconceito, a desigualdade e a pobreza, chegou aos maranhenses por meio das ondas curtas de rádios caribenhas e por lá ficou. Ganhou jeito de dançar, bailes aparelhados, DJs dedicados, clubes, programas de rádio e bandas como a Tribo de Jah, que na década de 1980 difundiu a versão nacional do reggae, nascida na Jamaica brasileira.

Década de 70

O reggae surge em São Luís na década de 70 e, lá pelos anos 80, já era uma febre na cidade toda. Embora exista muito preconceito pelas origens periféricas e pelo público não branco, invadiu, aos poucos, outras esferas da sociedade, se firmando como uma importante manifestação cultural local.

Finalmente: vice-prefeito cria coragem e assume prefeitura de Vitorino Freire no lugar de Luanna Rezende

Numa cerimônia tímida e de “pessoas contadas”, o vice-prefeito de Vitorino Freire, José Gonzaga de Souza, o Zezinho do Sindicato (PDT), finalmente foi empossado, nesta segunda-feira, 11, como novo prefeito da cidade, em decorrência do afastamento da prefeita Luanna Rezende (União Brasil), que fora afastada do cargo no último dia 1°, por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Benesse que investigou suspeitas de desvio de dinheiro público. A posse aconteceu em uma sala da Câmara de Vereadores da cidade.

Afastamento de Luanna

A prefeita e irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi afastada da prefeitura após ser alvo de mandado de busca e apreensão, para apurar supostos desvios de recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) destinados à gestão municipal.

A ação da PF mira uma organização criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro com verbas da Codevasf. A operação investiga o uso de dinheiro público para asfaltar uma estrada que passa em frente a fazendas da família de Juscelino, além de uma área onde o ministro construiu um heliponto e uma pista de pouso particular, tudo para atender aos interesses pessoais do político.

Jogo do Tigre: Dois maranhenses recorrem ao suicídio após perder valor em apostas

No Maranhão, “jogo do tigre” já fez duas vítimas fatais: Rafael Mendes na cidade de Formosa da Serra Negra no domingo (10) e Jaciaria Borgens em Pastos Bons, no último dia 13 de agosto, recorreram ao suicídio, após perder alto valor em apostas.

Jogo do tigre: Rafael Mendes em Formosa da Serra Negra e Jaciaria Borgens em Pastos Bons, recorreram ao suicídio

Mais um maranhense recorreu ao suicídio após perder alto valor em dinheiro nos jogos disseminados na internet [online] conhecidos como ‘jogo do tigre’. Rafael Mendes, de 17 anos, se matou no último domingo (10) na cidade de Formosa da Serra Negra após ter perdido uma herança, no valor de R$ 50 mil, deixada pela mãe.

Rafael teria recebido a herança após sua mãe falece e os avós terem dividido os bens entre os filhos. Ele apostou todo seu dinheiro no jogo  e acabou perdendo tudo.

Amigos contam que Mendes foi estimulado pelas inúmeras publicidades do jogo feitas por diversos influenciadores nas redes sociais.

– Primeira vítima 

Rafael Mendes é a segunda vítima fatal do ‘jogo do tigre’. A primeira morte – de conhecimento público – ocorreu na manhã do dia 13 de agosto, quando Jaciaria Borgens, moradora do município Pastos Bons, foi encontrada já sem vida.

Ela perdeu toda a economia da família no ‘jogo do tigre’ online. Ela tinha esperanças de conquistar uma vida melhor.

De acordo com informações de pessoas próximas da família, o marido estava em São Paulo a trabalho. Ele mandava todos os meses uma quantia em dinheiro para poder iniciar a casa própria.

Jaciara Borges era socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, da cidade de Pastos Bons. Ela perdeu todo o dinheiro e recorreu ao suicídio.

– Perigo do vício

Como bem analisado pelo jornalista e radialista Gilberto Lima, as histórias de Jaciaria e Rafael Mendes servem como lembretes sombrios de como a febre dos jogos de azar pode devastar vidas e comunidades inteiras. É necessário que as pessoas estejam cada vez mais conscientes dos riscos associados ao vício em jogos de azar. É preciso buscar estratégias para proteger os mais vulneráveis.

É crucial que a sociedade esteja ciente dos perigos envolvidos nos jogos de azar e que haja um esforço contínuo para oferecer apoio às pessoas que enfrentam problemas de vício. As histórias de Jaciaria e Rafael Mendes são tristes lembranças de que, por trás da promessa de fortuna, os jogos de azar podem trazer devastação e tragédia às vidas das pessoas.

Blog Domingos Costa 

  • Mônica

    Mônica Alves

    O blog Mônica Alves é um veículo de comunicação virtual, que vai informar, sugerir e analisar assuntos políticos, bastidores e comportamentos variados do estado do Maranhão e do Brasil.

    Ao criar essa página, quero contribuir e levantar questionamentos subjetivos dos mais simples aos que ganham grandes espaços de notoriedade, além de dar espaço à boas histórias, com personagens e lugares que serão (re) descobertos por meio de relatos em viagens, festividades culturais e visitas etnográficas, mas que nem sempre têm a oportunidade do destaque merecido.